Antidepressivos causam dependência?

 Em Sem categoria

Uma das dúvidas mais frequentem que costumo ouvir quando atendo uma pessoa que tem indicação de usar um antidepressivo, seja para tratar um quadro de depressão ou um transtorno de ansiedade (sim, embora possa ter o nome de antidepressivo, esse também é o medicamento para transtornos ansiosos!), é: posso ficar dependente desse remédio?

Hoje trago informações para não seguirmos com esse mito!

Primeiramente, vale lembrar que antidepressivos são medicamentos que atuam melhorando o funcionamento de um ou mais neurotransmissores que possuímos e que em um quadro depressivo ou ansioso podem estar atuando de forma ineficaz a nível de funcionamento cerebral.

O papel do antidepressivo é de melhorar o funcionamento dessas substâncias que são em parte responsáveis por nossas emoções e sintomas. Ou seja, quando uma pessoa faz o uso de um antidepressivo, ela não está ingerindo neurotransmissores e sim um medicamento que otimiza o funcionamento dos neurotransmissores dela mesma.

Diferente de uma classe de medicamentos que apresentam função de alívio imediato da ansiedade, chamados benzodiazepínicos (por exemplo: clonazepam/rivotril, diazepam/valium e alprazolam/frontal), e que podem gerar dependência em pessoas que usam por tempo prolongado, os antidepressivos não fazem parte dessa classe medicamentosa e não “viciam”.

E por não possuírem essa capacidade de gerar dependência, quando prescrevemos antidepressivos, a receita é branca e a embalagem do medicamento possui uma tarja vermelha; diferente dos benzodiazepínicos em que a receita é azul e a embalagem possui uma tarja preta, sinalizando esse risco de dependência.

Posts recentes

Deixe um comentário